domingo, 27 de novembro de 2016

VERRINE DE CHOCOLATE COM MORANGOS A MODA DA NECA MACHADO

SABOR AMAZONIA DA NECA MACHADO, FILÉ DE DOURADA COM ARROZ DE TUCUPI

27.11 > DIA MUNDIAL DE COMBATE AO CANCER > UMA CRONICA PARA REFLEXÃO

CRONICAS URBANAS DA NECA MACHADO > ESTORIAS REAIS

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CRONICAS URBANAS
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Neca Machado CRONICAS URBANAS

Por > Neca Machado (Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, Fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas na Amazônia e na Euro
pa, em 2016 classificada entre as 150 melhores fotos do Concurso URBS cidades em tons de cinza com a foto “ Meninos no Rio Amazonas”, Classificada no Concurso Nacional de 2016 Novos Poetas na Antologia Poética Sarau Brasil 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em duas obras lançadas em 2016 em Portugal-Lisboa, Licenciada Plena em Pedagogia, Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 na Europa, Quituteira, 

CRONICAS URBANAS

“O RAIMUNDO QUE VIROU ALINE...”

Sentada na sala de espera para uma consulta com o oncologista onde acompanho meu esposo, a atendente chama “Raimundo”, olho para o lado e só vejo uma jovem, e com a curiosidade que me é peculiar, pergunto; você é o Raimundo? E ela meio sem jeito sorri um riso amarelo e diz que sim, mas que gosta de ser chamada de ALINE.
Volto a sorrir e como bacharel em direito a oriento que deveria procurar o Ministério Público e utilizar seu nome como é conhecida, que lhe é um direito constitucional, porque ela já se transformou em Mulher, e ai a conversa continua.
Me diz que saiu do Amapá que foi para Paris que fez implantes em Roma, que casou com um francês que foi muito bonita..... QUE, que...etc...
Escuto pensativa e pergunto, por que você está aqui? E ela de novo entre risos me diz que descobriu um câncer retal, que já sofreu muito que, não tem emprego, que vive só que o “marido” ainda lhe ajuda de “vez em quando” e que até recentemente veio ao Amapá lhe ver, e aí me mostra uma foto dele, e vejo um homem bonito.
E penso:
ALINE que foi RAIMUNDO se encantou com as luzes de Paris, deve ter ido pela Guiana francesa atravessado o rio de catraia e deve ter sonhado MUITO, quando se viu em uma cidade LUZ em todos os sentidos, lembro quando vi as vitrines na Alemanha fiquei encantada também, mas, sou “Pé no chão”, não fiquei vislumbrada porque sei onde piso e sei minhas limitações.
ALINE que já foi RAIMUNDO diz que fala francês que fez muito show em Paris, que tem papel de casamento, mas, que agora está de volta a sua terra para tratamento de um câncer que diz que ele já se foi, será? 
Deve trazer na alma suas tristezas, seus dramas e suas lembranças.
Ao lado também uma das mais expressivas representantes da luta pelo Câncer no Amapá a Professora Suzana Machado que não é minha irmã de sangue, mas é de coração como nós nos denominamos, e também escuta as “estórias” de ALINE que um dia foi RAIMUNDO.
Suzana a orienta a buscar benefícios sociais porque ALINE diz que não pode trabalhar, que se tornou incapaz, porque era cabelereira e agora sobrevive com uma pensão do INSS e as duas interagem em informações.
E EU volto a pensar na trajetória de ALINE que um dia foi RAIMUNDO, quanta tristeza em sua vida, quantas mudanças de planos que ela traçou e que ficaram pelo caminho, ela ainda mostra cicatrizes, diz que fez implante em todo o corpo que era uma bela Mulher em Paris e diz que tem fotos, não as vi, mas tinha interesse em ver.
ALINE é o exemplo de um sonho destruído por um CANCER RETAL, de desejos os quais agora só na memória e no fundo das lembranças. Me pergunto quantos homens amaram ALINE, para quantos ela talvez tenha cantado a canção de Christopher 
Aline
Christophe
J'avais dessiné sur le sable
Son doux visage qui me souriait
Puis il a plu sur cette plage
Dans cet orage, elle a disparu
Et j'ai crié, crié, Aline, pour qu'elle revienne
Et j'ai pleuré, pleuré, oh! j'avais trop de peine
Je me suis assis près de son âme
Mais la belle dame s'était enfuie
Je l'ai cherchée sans plus y croire
Et sans un espoir, pour me guider
Et j'ai crié, crié, Aline, pour qu'elle revienne
Et j'ai pleuré, pleuré, oh! j'avais trop de peine

O médico chega, a atendente me chama e deixo ALINE que um dia foi RAIMUNDO, mas, não a esqueci, aqui uma homenagem a ela, que servirá de exemplo para MUITOS outros RAIMUNDO, JOÃO, ANTONIOS, E MARIAS que deixam o Amapá para sonhar em Paris, e que muitas vezes o regresso é amargo e sem LUZ.
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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

II FORUM DE ARTE EMPREENDEDORA DO CENTRO CULTURAL FRANCO AMAPAENSE


DIRETORA LEIDE PINON


 ARTE EM PINTURA EM TECIDO

 PINTURA
 CROCHE DA NECA MACHADO


 BIO JOIAS COM ESCAMAS DE PEIXE



PINTURAS DIVERSAS



REPRESENTANTE DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO AMAPÁ


PALAVRA DA DIRETORA


DOCENTES


ARTE EMPREENDEDORA

II FÓRUM DE ARTE EMPREENDEDORA DO CENTRO CULTURAL FRANCO AMAPAENSE

terça-feira, 22 de novembro de 2016

LEIDE PINON UMA VERDADEIRA PIONEIRA DO AMAPÁ

NECA MACHADO NA REVISTA DE LUSOFONIA DIVULGA ESCRITOR EDIÇÃO DEZ.2016

Neca Machado - Entrevistada

Neca Machado - Entrevistada
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Neca Machado Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 03 obras lançadas em Portugal em 2016, Licenciada Plena em Pedagogia, Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.

“Ecos de Apolo, é um ECOAR poético que reúne a poesia de autores africanos, europeus e EU a única brasileira na obra.”

Boa Leitura!

Escritora e artista plástica Neca Machado é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que mais a encanta nos Mitos e Lendas da Amazônia?
Neca Machado -  Considero-me uma Amazonida por nascer no extremo norte do Brasil, fronteira com a Guiana Francesa sob os encantos e a magia do Rio Amazonas, onde as Lendas fazem parte de nossa geração, retratando a magia do encantamento repassado de nossos Pioneiros afrodescendentes, os quais resolvi perpetua-los.

Conte-nos um Mito ou uma lenda da Amazônia
Neca Machado - Moro no estado do Amapá, parte integrante desta grande extensão da Amazônia, com seus Contos singulares, dentre eles:

CONTOS DA BEIRA DO RIO AMAZONAS

OS ENCANTOS DO POÇO DO MATO

A lata de manteiga bem ariada, é instrumento de trabalho de Nega Piedade, rebolando as cadeiras ela desce preguiçosa e com ares de princesa de ébano as ladeiras que circundam o entorno do POÇO DO MATO, cantarola sem letra uma canção indecifrável aos ouvidos dos mortais.
Ela retira com cuidado os cipós que atrapalham seu caminho e segue sorrateira como uma cobra a dar o bote. No lado esquerdo um pedaço de pano no ombro, puído pelo tempo e no braço direito a famosa lata de manteiga que serviria para levar o liquido precioso para os patrões degustarem após a ceia matinal e para ajudar nos afazeres domésticos.
Negra Piedade brilha na sua cor lustrada pelos raios dourados do sol que banham aquela manhã, e ela num misto de magia faz parte de uma aquarela. O POÇO DO MATO tornou-se inatingível, distante, e a negra no viço da idade não percebe, o canto do pássaro é sua companhia, e a caminhada é longa, ela levanta a blusa, mostra seus seios rijos ao sol e enxuga o suor da testa.
Ao abrir os olhos o POÇO DO MATO surge como por encanto a sua frente e suas águas jorram como faíscas prateadas lavando o céu.
Piedade é só alegria, suas companheiras não apareceram e ela agradece por não ter que dividir espaço com ninguém em busca da água. A negra furtiva e exausta da caminhada observa se alguém se aproxima, seu suor é forte nas entranhas, seu cabelo carapinha, e os calos nos pés são esquecidos por um momento e ela se entrega aos sonhos, sentada ao redor do POÇO DO MATO encantado, dos Campos do Laguinho.
O Moço branco de camisa engomada, perfume francês estende-lhe suas mãos, e Piedade não recusa seu convite, levanta assanhada, arruma os cabelos, ensaia seu sorriso mais branco, balança as cadeiras, empina os seios num frenesi e exclama: sou toda sua Sinhô!
O moço ergue-a do solo, levita com ela naquele cenário e Piedade emudece, os pássaros continuam a cantar, as arvores deslizam suavemente ao balançar do vento e a brisa que sopra não a desperta de seu sonho irreal.
O POÇO DO MATO é a única testemunha da Negra Piedade e cúmplice em seu prazer carnal. As horas são intermináveis e preocupam os seus patrões, seus conhecidos e os vizinhos da negra Piedade.
Escurece, a Rasga Mortalha solta seu grito ensurdecedor, o céu tem muitas estrelas, o vento é frio e o Poço do Mato assustador, negra Piedade não voltou, os moleques correm com lamparinas pelo mato, cachorros servem de companhia a procura de negra Piedade, e nem sinal dela. A noticia se espalhou, o seu sumiço é comentado em todas as esquinas, e em todos os bairros, a população que mora na Favela e no Elesbão ficam estarrecidos.
 As lavadeiras e as carregadeiras de água junto com as moças virgens são proibidas de irem ao Poço do Mato sozinhas.
Por que?
Negra Piedade foi ENCANTADA no Poço do Mato dos Campos do Laguinho.
“Olha sinhô,
Olha sinhô
No poço do Mato
Essa Negra se encantou...”

Para você o que é “Ecos de Apollo”?
Neca Machado -  Ecos de Apolo, é um ECOAR poético que reúne a poesia de autores africanos, europeus e EU a única brasileira na obra.

Como foi sua participação nesta antologia?
Neca Machado -  participo com um Poema denominado POR QUE? Onde questiono de maneira emotiva sobre as incertezas de um amor, com seus medos e desejos.

Quem desejar como deve fazer para adquirir o livro?
Neca Machado -  O livro está à venda nas livrarias de Portugal através das edições Vieira da Silva

Como artista plástica, qual o estilo que você utiliza em suas artes, podes nos apresentar um exemplo?
Neca Machado -  Sou artista plástica autodidata e pinto impressionismo e abstrato, mas também sou espírita e faço pictografia, uma pintura singular cheia de mistérios.

O que mais a encanta na arte que não encontras na escrita?
Neca Machado -  A arte é a expressão da habilidade humana, as duas se integram em um sentimento harmônico cheio de sensibilidade, poesia e lirismo.

E o que mais a atrai na escrita que não encontra nas artes plásticas?
Neca Machado -  Faço poesia com arte, e minha arte tem poesia.

Quais os seus principais objetivos como escritora, pensas em publicar um livro solo?
Neca Machado -  Sim! No Brasil tenho 02 ensaios solos, e centenas de artigos em periódicos locais onde fui editora de cultura, em 2016 também estou em 02 obras nacionais e 03 internacionais como coautora, e negociando um livro de Mitos em Lisboa.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora e artista plástica Neca Machado. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
Neca Machado -  Primeiro agradecimento por esta interação e conclamar nossos Poetas nacionais a partilharem suas poesias com o Mundo, porque sonhos são do tamanho de nossa coragem, atravessei o oceano atlântico para desaguar minha poesia nortista em Lisboa porque acredito na globalização cultural. Assim é um Poeta que partilha e perpetua sua poesia, ecoando lirismo em forma de emoção.


Divulga Escritor unindo Você ao Mundo através da Literatura



Leia mais: http://www.divulgaescritor.com/products/neca-machado-entrevistada/?utm_source=copy&utm_medium=paste&utm_campaign=copypaste&utm_content=http%3A%2F%2Fwww.divulgaescritor.com%2Fproducts%2Fneca-machado-entrevistada%2F

domingo, 20 de novembro de 2016

VERDADEIRO SABOR AMAZONIA DE NECA MACHADO

MEU NOME É MARIA!

Neca Machado adicionou 4 novas fotos.
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MEU NOME É MARIA!
MAS, NÃO SOU SANTA,
NEM TENHO MANTO,
MAS, TENHO FÉ....
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Neca Machado MEU NOME É MARIA!

Neca Machado (Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs, classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 03 obras lançadas em Portugal em 2016, Licenciada Plena em Pedagogia, Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)

MEU NOME É MARIA!

EU não sou Santa,
Nem tenho manto,
Mas, tenho fé...
Desbravo a dor
Cheia de pranto
Faço do encanto
A magia em curso, feito Maré....

MEU NOME É MARIA!
INTENSA, CHEIA DE TERNURA

Não sou Santa de candura, mas, cultivo a fé!
Na harmonia das horas
Sou tão Senhora, de Maria a Nazaré...
Sou Senhora de meus Sonhos,
Tenho o encanto da floresta 
Essência nativa
Banhada com a magia de deuses afros.
Que aportaram suas Luzes divinas
Em minha cor.

MEU NOME É MARIA!

Sou descendente afro
MARIA de suor, lagrimas, dor e alegrias,
MEU NOME É MARIA!

Maria feito maré sem rumo
Que desagua em norte incerto
Com o vento bravio no rosto, como recompensa
Serena, altiva e MARIA!

MEU NOME É MARIA!
Caminheira sem raiz
Com raízes aéreas, motriz de uma força singular.

MARIA compasso
Passo, encanto, magia
Soneto, rima, poesia...
MARIA, MARÉ
Percurso e fé,
Caminho, trilhas, ninhos
Prados, montanhas
Céu infinito
Nuvens esparsas
Voo livre, MEL NOS OLHOS...

SOU A MARIA, mas, não sou SANTA.
Sem manto, tenho prantos, 
Tenho dor, tenho risos de encantos,
Mas, tenho fé!

MEU NOME É MARIA!
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Neca Machado
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